Segunda-feira, 31 de Março de 2008

Abstrusidades provocadas por acordar antes do sol nascer

É daquelas verdades de La Palice: ninguém gosta de acordar cedo. Ninguém. E, no entanto, há quem acorde às 6h10. E não é porque gosta... é por causa de ter aulas às 8h30. E de ter comboios de hora a hora para a Setúbal. Acordar a essa hora é difícil, de facto. E dantes, eu metia um telemóvel velho a acordar-me, com o som do cantar dum galo (não o que vem com os Nokias, mas um gravado por mim. The real deal, portanto); porém, decidi mudar de abordagem por esta ser um bocadinho de choque (o sacana do galo parecia que tinha acabado de ingerir uma lata inteira de Red Bull, catano!), e passei a usar antes o rádio do mesmo... se bem que a qualidade musical do que se ouve ali é algo ruim, no que a mim me diz respeito. E acordar com frases do género "se houver chuva hoje, ela será como os adversários do Porto: fraquinha, fraquinha, fraquinha". Não é que seja mentira, mas escusavam de me lembrar...
Bom, bem conseguido, mal conseguido, lá consigo arrastar-me para fora da cama, engolir a custo uma taça de Chocapic (passe a publicidade), e arrastar-me durante dez minutos até chegar à estação...
Mais uma coisa que não percebo, e que me desculpe a malta que trabalha em Lisboa e apanha o Ferchulus: porquê correr para o comboio? C'um caneco, vocês tem comboios de dez em dez minutos, e são sete da manhã! Mesmo fora de horas de ponta, vocês só esperam, no máximo, vinte minutos pelo dito... Eu tenho comboios de hora a hora! E isso não se altera por ser hora de ponta, ou não!...
Bem, já na plataforma, lá tenho de aturar um segurança que se entretém a fazer apitar os torniquetes novos que lá meteram recentemente, e mesmo que o apito daquilo fosse a Nona Sinfonia de Beethoven, aquilo continuaria a bulir-me com os nervos.
Cá dentro da UQE (vão vocês procurar o significado, que estou mal disposto - como se ainda ninguém tivesse reparado), é outra aventura para arranjar lugar... apenas me consola pensar que os que vão para Lisboa estarão pior que eu (desculpem lá outra vez, mas é a natureza humana regozijarmo-nos com os azares dos outros).
E a Ferchulus mudou outra vez os horários. Basicamente, o comboio sai de Setúbal um minuto mais tarde (mas chega à mesma hora, por incrível que pareça). Iupi.
A chegar a Setúbal neste momento, e lá me vou eu preparar para mais duas horas de injecção de Probabilidades e Estatística. Literalmente, injecção. Aquela mulher a escrever matéria no quadro é pior que um autómato... e isto às 8h30 da manhã... parece que fez como o meu galo, e tomou Red Bull de manhã. Gostava de ser assim.
Gostava de ainda estar na cama.
Gostava, mesmo, mesmo, era de ainda estar a dormir.

Quinta-feira, 27 de Março de 2008

Gostava de ser rico

Muito se tem partido a cabeça com a "pita do telemóvel". E eu podia (e se calhar, até devia) fazer o mesmo... mas eu sou do contra, e até como tanto ela como o "cameraman" foram transferidos para outros lugares, o assunto cheira-me que morre assim mesmo. Por isso... nada em como falar noutras coisas.
E pronto, lá sai mais um lamento: gostava de ser rico.
Gostava de ser rico para poder comprar o que me apetecer.
Gostava de ser rico para poder estar na faculdade o tempo que me apetecer.
E sendo assim... gostava de ser rico para poder ir para as aulas de Análise Matemática 2 jogar Tekken na PSP, como uma caloira do meu curso estava muito bem a fazer esta tarde. De vez em quando lá passava mais um bocado do exercício, mas com uma mão sempre agarrando a consola.
Eu confesso que gosto da gaiata. Na semana anterior sentou-se à minha frente e mostrou-me, durante duas horas (OK, menos... que eu tive que me ir embora para não fazer nenhum disparate), um fio dental com um ponto de interrogação gravado. Tudo isso enquanto lá cravava um linguado de vez em quando no rapaz que estava sentado ao lado dela.
Por mim, tudo bem. Agora, se me dão licença, vou-me chorar nos novos horários da Linha do Sado (meia-hora, raios... eu precisava dessa meia-hora!!).

A sério... gostava mesmo de ser rico.

Segunda-feira, 24 de Março de 2008

Chato

Não se preocupem, que a ausência de conteúdo dos últimos dias não tem sido motivada por algum súbito mal-estar ou maleita repentina; o que se tem passado é que, pura e simplesmente, tenho estado de férias.  E, estando de férias, os meus níveis de felicidade sobem. E, por conseguinte, a minha capacidade (e vontade!) de escrever decresce. Porque, aparentemente (e gostava muito de ver esse estudo), escrevemos melhor quando estamos em baixo. E como as minhas férias acabam amanhã (não hoje, vá-se lá saber porquê... mas não sou eu que me estou a queixar, atenção!), o meu nível de felicidade já começou a decrescer; e é ao som de "Shine On You Crazy Diamond (Part II)" dos Pink Floyd que este texto vos vai chegar (só não meto aqui a música porque, sinceramente, não tenho vontade de partilhar. Nhããããã).
Bom... adiante.
No café, hoje, falou-se de chatos. Por minha causa. Apenas porque disse que era chato. E, salta-desenlaca (vá-se lá saber donde veio esta expressão), o ponto veio bater nos outros chatos. Naqueles que estão, e segundo uma certa pessoa, na "pititinha". E isso fez-me lembrar duma anedota (que não disse, na altura, porque o rumo mudou e já ficava fora de contexto), que é algo assim:

"Estava Deus a criar os animais. Andava de volta deles, apontou para um e disse:
-Tu és uma ovelha, e vais para as verdes pastagens.
E lá foi a ovelha. Então, ouviu-se uma voz fininha:
-E eu, Deus, para onde vou?
Deus ignorou-a e passou para o animal seguinte, ao qual disse:
-Tu és um urso polar, e vais para o Polo Norte.
E lá foi o urso. Novamente, voltou-se a ouvir a mesma vozinha:
-E eu, Deus, para onde vou?
Deus suspirou fundo, deu mais uns passos e chegou ao pé de outro animal:
- Tu és um golfinho, e vais para o oceano.
E lá foi o golfinho, e mais uma vez, se ouviu a voz fininha:
-E eu, Deus, para onde vou?
Deus, então, perdeu a paciência e gritou-lhe:
-Epah, tu és um chato! Vai p'ró c...!"1

E pronto, com esta história acabei de reservar a minha ida para o Inferno. Que se lixe. Assim como assim, antes calor que frio.

Ah... e agora já estou na Have a Cigar. Como o tempo voa.

1- A única coisa que sei que é certa aqui é a punch-line; originalmente, os animais eram capazes de não ser bem estes.

Domingo, 16 de Março de 2008

Suor

Após participar na Mini-Maratona de Lisboa, o nosso Primeiro disse que "as pessoas ficam sempre contentes por me ver correr, este é um momento em que as pessoas partilham um momento de alegria". Perfeitamente natural, diria eu: é uma das únicas vezes em que se vê um político suar.

(isto foi demasiado previsível, não?)

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Segunda-feira, 10 de Março de 2008

Fifada do dia (XIX)

"-A propósito, vocês sabem o que significa WWW?
-World Wide Web...
-Não... World Wide Wait!"
NVR

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Domingo, 9 de Março de 2008

O Alentejo em Lisboa... e a regressão na evolução

Ontem fui até à Casa do Alentejo em Lisboa.
Lá fui conviver (e participar, também... mas isso fica para outro dia) com o pessoal lá da minha zona que faz parte dum espectáculo intitulado "A Serra Vai à Vila" (ou "à Cidade", dependendo do local onde se for), organizado pelo meu bom amigo Sr. Antero Silva. Uma actuação para uma sala, na sua esmagadora maioria, composta por mulheres (Dia Internacional, e coisa e tal...). Antes disso, um almoço nada mau (quer dizer, não é que caldeirada de safio seja mau, mas se tivessem feito uns grãos com bacalhau se calhar a malta apreciava mais... mas convém que se diga que o repasto não era só para os artistas, era também para as senhoras que estavam presentes e que iam ser o auditório), e, depois do repasto, uma idazinha à Ginginha para meia-dúzia de colegas da serra... já se sabe: é da praxe. Ainda deu para se ir dar um olhinho à manifestação de professores que passava, ali não muito longe de nós.
O programa foi bom, os artistas estiveram bem, o som no palco não seria essa grande espingarda, mas o prestígio da malta da serra de São Martinho saiu imaculado de mais esta prova (gostava de colocar provas audiovisuais do que estou a afirmar, mas o meu material de recolha ficou em casa. Eu sou assim).
Agora vem a parte gira. Depois da actuação principal (sim, porque depois, quem quisesse ir actuar para o palco podia ir à vontade, tocar acordeão, harmónica, o que fosse), estava previsto um lanchinho noutra sala, por detrás do palco, para as pessoas irem petiscando. Ora bem...
É nestas alturas em que os Criacionistas perdem toda a razão. Eu e a minha malta já estavamos naquela sala (ou salão, acho que é mais adequado) a fazer aquilo que eu gosto de chamar o "bota-fora" - a discutir o que correu bem e o que correu mal -, mas quando se disse ao auditório que estava na sala ao lado uma mesa com uns rissolinhos, uma suminhos, um queijinho, , e outras coisas tais... caiu lá tudo que nem abutres a limpar um cadáver. E aos encontrões. E aos palavrões. Como se não vissem comida há meses. Como se precisassem daqueles acepipes para sobreviver. Cada um mandou a sua dignidade e a sua humanidade às urtigas e retrocedeu aos seus instintos mais primários.
Quando o festim acabou, eu e a minha malta, que estavamos apreciando aquilo como se fôssemos o Sir David Attenborough, decidimos "bater em retirada", e acabámos por ir beber imperiais e "tulipas" à Gambrinus (outra visita da praxe)... e acabámos a tarde a esmagar uma orelhinha de porco no bar da Casa do Alentejo.
E assim se passou um dia da Mulher. A ver mulheres (principalmente, porque também havia lá homens) transformarem-se em criaturas pré-evolução. Enfim.
Somos todos humanos.

Quarta-feira, 5 de Março de 2008

Fifada do dia (XVIII)

"Eu até posso fazer uma stack de TCP/IP com sinais de fumo!"
NVR

(pensavam que eu me tinha esquecido de vós, não? Nem pensem nisso. O que é ruim sempre dura. Ou pelo menos é o que eu tenho visto)

Engendrado por Nettwerk van Helsing às 12:52
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