Quarta-feira, 20 de Junho de 2007
Existe uma coisa que a mim me tem deixado sempre de cara à banda. Já repararam que, no que respeita aos meios de transporte públicos, devemos ser (sim, nós, seres humanos) o bichinho mais parecido com ovelhas?
Senão, atentem nestes factos:
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sempre que o <inserir nome de transporte público aqui> chega, só se vê gente a correr, mesmo tendo em conta que, 5 ou 10 minutos depois, se vai seguir outro transporte. Consigo encontrar algum paralelismo no momento em que abrem a porta do curral para o rebanho entrar, só se vê ovelhas a correr, mesmo ficando a porta aberta à vontade delas;
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sempre que se ouve a voz monótona e computorizada a anunciar que o <inserir nome de transporte público aqui> prodecente de sítio X com destino a Y vai chegar, só se vê gente a correr, mesmo que não seja aquele meio de transporte que desejam apanhar. Paralelismo? Hmm... levem um balde com ração para porcos a ver se as ovelhas não vão atrás também;
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sempre que as portas se começam a fechar, seja num torniquete, ou na entrada do <inserir nome de transporte público aqui>, vai haver sempre pelo menos uma pessoa a tentar passar, independentemente de conseguir ou não1. Pararelismo ovino? Bom, experimentem a abrir a porta do curral apenas de modo à ovelha conseguir enfiar a cabeça, a ver se ela não se vai tentar enfiar lá para dentro à força;
Podia continuar, mas acho que estes três exemplos chegam para provar o meu ponto. Portanto, é pacífico assegurarmos, tendo em conta o grau de inteligência comprovado do gado ovino (mais não seja, pelo tamanho do seu cérebro), que nos estupidificamos sempre que precisamos de ir para o trabalho/escola/...
No entanto...
No entanto, tendo em conta o que mencionei a cima e o que não mencionei mas que se sabe... não será um bocadinho preocupante ver a Igreja Católica a tratar os fiéis como "o rebanho"? A ver na Bíblia menções ao "rebanho" de fiéis? Que significa isto? Que os crentes são seres brutos e com pouco cérebro, que seguem o pastor sem hesitar e, se o fizerem, ou saírem fora do trilho, levam com uma pedrada no lombo?
Posso sempre ter percebido mal a coisa, mas... de mim ninguém faz queijo!!
Boas pastagens,
NvH - Se eu tiver gordura no fígado, porque não o posso meter a correr a Meia-Maratona de Lisboa?
1- isto também se aplica aos condutores: experimentem a deixar uma pequenina distância para o carro à vossa frente para verem se não vai haver algum ás a tentar enfiar-se lá.
LOL bem pensado. É mesmo uma carneirada.
O Ser-Humano já "dá" a imagem de ser uma ovelha de olhar estupidificado, quando olha para o superior herárquico... quanto mais quando apanha o transporte público que deixa o mais perto possível da porta de casa!!!
Quanto às instituições religiosas, sejam elas igrejas ou seitas (Ex:IURD; IGREJA MANÁ e outras do género), já tinha reparado que os crentes "seja-do-que-for" são tratados como se fossem ovelhas. Aliás, no caso das seitas religiosas, a designação do representante-mor (o "cabecilha", portanto) não é PADRE mas sim PASTOR. No meu entender, é uma crise de identidades, mas que dá uma certa imagem na cabeça (pelo menos na minha) que o crente (olhem para ele como se fosse uma ovelhinha) é um pobre desgraçadinho, sem personalidade, limitado, sem poder fugir dos padrões habituais da sociedade (do "rebanho") e se fizer algo de errado leva um sermão moralista do pastor (uma bengalada no lombo), daqueles em que se afunda na cadeira em dias de cerimónia e fica cabisbaixo a olhar para a bíblia.
Estás a "topar" o filme não estás????
Nota: Eu não sou ovelha e muito menos relaciono com pastores nem com padres....!!!!
Por último, a situação de deixarmos um espaço entre nós e o carro da frente, só em filas de trânsito (digamos,filas paradas ou semi-paradas) é que os "ases" tentam-se meter nesses espaços. É o que acontece na maioria das vezes na A5, quando tentamos entrar no acesso da Ponte 25 de Abril.
Em andamento, depende. No meu caso, é facil, eu ultimamente tenho andado devagar e tenho distancia para esses "ases" entrarem sem problemas e passarem a ser o meu "carro da frente". Mas nos dias em que eu tenho pressa (portanto, em estado de "pressão"), aviso já que é melhor não fazerem aselhices nem pressionarem com "faroladas" (um novo termo que deviam ensinar nas escolas de condução).
Vá, mais um calhau que o bicho ainda mexe!