Sábado, 17 de Maio de 2008

Última rodada

O Zé do Formosinho morreu.
Aquelas personagem típica lá do meu sítio, que passava um ror de tempo enfiado na(s) taberna(s), que andava de mine na mão, que passava tanto tempo bêbado que uma pessoa já tinha dificuldade em perceber se estava sóbrio ou não, já não está entre os vivos.
Ainda me lembro de crescer e, nos tempos em que ia de férias lá para a terra, ouvir contar ao meu tio as histórias do que se tinha passado nesse dia no casario (a coscuvilhice é, ainda e sempre, infelizmente, um grande vício nosso), e de ter começado a ouvir falar dele, das suas tropelias, das vezes em que ele chegava a casa já às tantas da madrugada, horas depois da patroa se ter ido deitar (e ela não gostava dele bêbado, nem um bocadinho! Havia alturas em que o caldo se entornava, e aí...!), ou das vezes em que ele andava de raboleta pela estrada, umas vezes porque não conseguia andar direito, outras vezes porque andava metido nalguma zaragata com outros.
Sinceramente, não sei com que idade partiu. Penso que andava na casa dos 60's. No entanto, não se pense que morreu por causa dos litros de álcool que bebeu durante anos. Ironicamente, morreu por causa de comida.
Engasgado com um pedaço de pão de uma açorda.
Daquelas coisas que, mesmo que uma ambulância esteja ali dali a cinco minutos, se não houver ninguém que saiba o que se deve fazer, não serve de nada. E não havia uma ambulância a cinco minutos.
Nem dez. Nem trinta.
E ninguém sabia o que se devia fazer.
E assim morreu o Zé.
Menos uma pessoa naquele lugarzinho a que se habituou chamar de aldeia (mas que não é, nem por sombras, tão densamente habitado como uma), mais um motivo de tristeza por aquela rua...
Adeus, Zé.


Quarta-feira, 14 de Maio de 2008

Fifada do dia (XX)

"Qualquer dia passamos a ter óculos de sol, máquina de calcular e telemóvel tudo junto numa só coisa."

Nuno Costa


Engendrado por Nettwerk van Helsing às 10:55
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Segunda-feira, 5 de Maio de 2008

A estreia nas odisseias ao volante

Como disse essa grande personagem do universo pythoniano, Mr. Praline, nesse não menos grande sketch que é o "Dead Parrot", "se queremos alguma coisa neste país é preciso gritarmos até que a voz nos doa". Ou seja, foi só preciso eu fazer um post sobre a demora da guia, para ela me aparecer em casa (OK, não foi logo no mesmo dia, mas uns dois-três dias depois). E, então... no domingo, aproveitando que todos nós vinhamos lá das festas da terra (isso é que foi... ir quinta e vir quinta, e ir domingo e vir domingo. Odeio a minha faculdade), lá se meteram na odisseia de me meterem um carro nas unhas.
Se realmente vos interessa, a rota foi esta:

Pronto, foi uma coisa muito gira, etc. e tal, mas não pensem que vim para aqui gabar-me dos meus dotes ao volante. Nada disso. Venho para aqui queixar-me (oh, surpresa) da malta que passou por mim.
Não que tenha alguma coisa contra a malta que me ultrapassou. Nada disso. A grande questão é que... eu vim sempre a 90, caneco. Eu vim sempre a ver se não passava o que diziam aqueles sinais redondos com rebordo encarnado e números no centro - não sei se sabem quais são - e, quando dava por ela, já tinha uma valente fila atrás de mim. Será que será obrigatório andar-se na estrada a velocidade superior ao que é indicado nesses sinais? Que eu saiba, os que tinham esse efeito eram os azuis... mas sei lá, pelas coisas que se vai vendo por aí, começo a ter as minhas dúvidas que a malta saiba distinguir uma coisa da outra. É como ver malta que anda tão à rasca para ultrapassar que até o faz em cima dos duplos traços, e dos contínuos...
Sempre me vão dando razão: isto é uma valentíssima selva. Por isso é que, enquanto a CP não for acabando com os comboios lá para baixo, se calhar não me vão apanhar em muitas odisseias dessas...


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